Os páras saltam no planalto dos Macondes.
Em 7 de Junho de 1969, duas companhias de páras do Batalhão de Pára-Quedistas 32 (Nacala) e uma do Batalhão de Pára-Quedistas 31 (Beira) foram lançadas na zona de Malambuage, a sul do rio Rovuma, onde se situavam pontos de apoio às infiltrações da Frelimo, que partiam das bases na Tanzânia e se dirigiam ao coração do Planalto dos Macondes, na zona de Mueda, Nangololo e Sagal.
Embora não se tenham registado combates violentos, a Operação Zeta constituiu uma das principais referências da actividade das tropas pára-quedistas em Moçambique, porque foi o primeiro e o maior lançamento operacional destas forças naquele teatro de operações e um dos raros que ocorreram durante toda a guerra, porque permitiu surpreender os guerrilheiros, cuja organização defensiva estava montada para o alerta e a defesa contra forças que se aproximassem por terra, levando-os a dispersar e a abandonar grande quantidade de material, e permitiu o ensaio de algumas manobras tácticas que vieram a melhorar o futuro desempenho das forças em operações, como a mudança de zona de acção de uma unidade em plena operação com o emprego de helicópteros em elevado número.
Apesar do sucesso da operação, foram raros os lançamentos de pára-quedistas durante os treze anos de guerra, o que se deve, em primeiro lugar, às características da própria guerra de guerrilha, em que o objectivo dos guerrilheiros não é conservar a posse do terreno, retirando quando as forças regulares atacam, às características do terreno, dado que as bases da guerrilha se situavam em zonas impróprias para lançamentos; e também à escassez de recursos das forças portuguesas, nomeadamente em aviões de transporte.
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