Começaram devagarinho na Força Aérea nos anos 60, com as enfermeiras pára-quedistas. Hoje, representam 20% do efectivo militar. Afinal, a tropa não é só para homens.
Para os mais cépticos em relação ao ingresso das mulheres nas forças armadas fica uma verdade, elas, as nossas mulheres militares já deram provas das suas capacidades destacando-se dos homens em várias especialidades nos diversos ramos das forças armadas.
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Foto: Direitos reservados Alfredo Serrano Rosa |
SAjuPq. Alexandra Serrano Rosa é uma "Mulher de armas", alcançou destaque ao tornar-se na primeira e única mulher Instrutora Pára-quedista Militar, até hoje.
Alguém disse um dia a Winston Churchill – primeiro-ministro britânico durante a II Guerra Mundial – que no ano 2000 as mulheres mandariam no Mundo. Com o seu habitual humor sarcástico, Churchill terá dito: «Ainda ...?»
Tenha falado a sério ou a brincar, o certo é que a resposta do carismático político inglês reflectia já uma tendência das sociedades ocidentais e da europeia em particular: o crescente papel da mulher em postos de decisão e a sua emancipação face ao homem. E aquele que parecia ser o último reduto dos homens, o serviço militar, também acabou conquistado por elas. E não deixam os créditos por mãos alheias, conseguindo chegar rapidamente às patentes de oficiais. Ou não fossem elas mais determinadas do que eles.
Quinze anos depois de ter entrado para a Força Aérea, Regina Ramos é dos rostos mais conhecidos, e não é pelo facto de ser mulher. Segundo ela, nunca sentiu qualquer discriminação nas fileiras, até porque este foi o ramo das forças armadas que primeiro se abriu às mulheres e onde «elas» dão cartas. Para Regina Ramos, isso deve-se à própria natureza das mulheres: «Penso que tem a ver com a psicologia das mulheres na adolescência. Os homens amadurecem mais tarde, e as raparigas são melhores alunas. Elas são mais determinadas, mais pacientes. Quando chegam ao 12.º ano, estão mais bem preparadas para uma faculdade ou outro percurso que escolham.»
Discriminação foi coisa que Regina Ramos nunca sentiu e nunca viu. Embora no início, quando as FA se abriram às mulheres, tenha havido alguns problemas. Mas isso foi há muitos anos. A Força Aérea recebeu as primeiras militares do sexo feminino, as enfermeiras pára-quedistas, em 1961 e foi também o primeiro ramo das forças armadas a abrir as portas da Academia da Força Aérea a candidatas em 1988.